O INFERNO EM FESTA


Ontem fui dormir mais preocupado do que de costume.

Faltava algo deslumbrante abaixo da atmosfera, faltava esperança!

Em contrapartida sobrava preocupação e choro, ao passo que tinha nítida impressão de que o inferno estava em festa.

Um demônio havia morrido.

Na tv, muitos choravam a morte de um homem mal. Um homem de hábitos perversos e repugnantes.

Um homem que no ponto máximo de sua loucura e como um tirano, ousou salvar seu pobre povo do analfabetismo e da fome. Deu teto aos desabrigados, trocou petróleo por geladeira para os miseráveis, médicos com Cuba para os desassistidos e, sobretudo, enfrentou os poderosos egoístas e engajou os venezuelanos politicamente, ou seja, um homem que fez descer goela abaixo dos "pobres ricos" de seu país a ascensão dos humildes.

Onde estava a ONU que não orquestrou a invasão desse pobre país, para livrá-lo de seu monstro?

Por que o povo chora? Não podem estar chorando a morte de satã!

Esse homem mal, quando as agressões de seu governo pareciam diminuir, obrigou ainda o mundo a enxergar que a América mais ao norte não era tão santa como eles haviam aprendido no passado. Como ousa? E a Disneyland? A Times Square?

Ontem, esse demônio de traços que não combinam com palácios e riqueza, usou seu golpe mais baixo contra seu povo e fez o que muitos não acreditavam que teria coragem de fazer, morreu e entrou para a história da humanidade.

Hugo Chávez, o ditador mais cruel de quem já ouvi falar, deixou esse plano para ir pertencer as ideias.

Viva a revolução bolivariana.