Você, Yoani, é feliz e não sabe!

Acabei de ler uma entrevista na revista Criativa com a blogueira cubana Yoani Sánchez.

Yoani, segundo nossa mídia, extremamente “democrática”, faz resistência política aos irmãos Castro através de seu blog Generation Y, contando as "atrocidades" da Revolução Cubana.

A entrevista é interessante. Fala da motivação da escritora para fazer o blog, da idéia para o nome do blog, etc..., mas uma coisa, que acho muito interessante, é a ilusão criada pela mídia para impor suas idéias de dominação.

Sabe, há muito tempo eu já desconstruí duas idéias que me jogaram como verdades durante toda a minha vida. Uma, que a democracia é tudo de bom e a outra de que violência não resolve nada.

Lendo a reportagem, chego a sentir pena dela, por ser tão iludida, mas é totalmente compreensível vindo de uma pessoa que vive em um país que já não enfrenta problemas graves como os enfrentados pelos brasileiros

Sabe Yoani, meu país é tido como democrático, mas, só passa na TV o que é interessante ao grupo dominador, então, estamos ou não no mesmo barco?

Yoani chega ao absurdo de dizer que a educação em Cuba é boa, mas vem perdendo qualidade, mas o que dizer de um país onde não tem educação pública? Onde crianças convivem com porcos e quase que desfrutam de suas pocilgas?

Dia desses o economista Delfin Neto falava na televisão, que o Brasil, desde 1985, luta para crescer 5% ao ano e na época dos militares, onde havia sérias restrições a palavra, crescia 18%.
Minha geração não sabe o que fazer com essa tal democracia.

No Brasil, enquanto persistirem problemas como a fome, insegurança, ausência de saúde, moradia e educação, não terá condição moral de apontar os defeitos de outros países.

Não se iluda Yoani, você é feliz e não sabe.


Últimos desejos de ALEXANDRE, O GRANDE

Amigo,

Assim como vc, há cinquenta e tantos anos atrás, gostava de boas histórias, segue uma que achei muito boa de ser escutada.

Ontem desciamos, eu e minha amada esposa, para o trabalho, quando escutei essa história ou estória no rádio. 

Mesmo que seja uma parábola, vale a reflexão.

Os 3 últimos desejos de ALEXANDRE, O GRANDE

1 – Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos  médicos da época ;
2 – Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus  tesouros  conquistados como prata, ouro, e pedras preciosas ;
3 – Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar,   fora do caixão, à  vista de todos.
 Um dos seus generais, admirado com esses desejos   insólitos, perguntou a  ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:
 1- Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que  eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2- Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para  que as pessoas  possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui  permanecem;
3- Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as  pessoas possam ver  que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Nossa viagem à Paris

Diário de Bordo

Caro amigo,

Assim como você fez há cinquenta e tantos anos atrás, procuro fazer a mesma coisa, ao meu modo, para entender a realidade do meu Brasil á partir dos outros países.

Esse mês que deixamos para trás, estivemos, eu, minha morena e minha linda filha Mariana, em Paris.Foram seis dias de muita pressa e agitação para conhecermos ao máximo a cidade Luz. Havia tantos lugares a conhecer, tantas histórias a escutar. Nos esforçamos bastante, mas, com certeza, deixamos muitos cantos a desbravar.

Assim como você, amigo, a cada fim de dia anotava tudo o que havíamos feito em meu diário de bordo.

Aqui está ele.

Salvador/ BA
Dia 15/12/11 

Saímos do aeroporto Zumbi dos Palmares às 14:20h em direção a Salvador/ BA pela GOL. Meus pais, irmão, cunhada e Lu foram nos levar.

Depois de cinquenta minutos de vôo, aterrizamos e foram seis longas horas de espera até pegar o Air Europa rumo a Madri.

Antes tivemos um pouco de stress com a Polícia Federal por conta da certidão de Nascimento de Mari.




Aeroporto de barrajas, Madri
Dia 16/12/2011

Depois de quase nove horas de vôo e altos cochilos, chegamos a Madri. Cocozinho, xixizinho e lá fomos nós. No scanner da bagagem, presenciamos um momento de grosseria dos policiais espanhóis com um casal de franceses bem idoso.

Aeronave de novo, hora e meia até Paris. Dessa vez fui com um executivo francês ao meu lado. Careca que nem o cojaque.




Elis e Morena, quando chegamos na casa de Maristela

 No Aeroporto Internacional de Orly, Terrinha e seu noivo Kume (Cosme em francês) nos esperavam. Muita bagagem pra carregar e fomos para o metro. Pense na correria! Pense num frio. Chegamos no apartamento de Maristela e Terrinha preparou um lanchinho pra gente.

Por volta das 19:30h, Maristela chegou do trabalho. Muita emoção pra ela ter os seus tão perto no longe.
O choro ela guardou pra o abraço em tio Jorge, seu irmão.

Uma frase dela me marcou sobre Paris: aqui ninguém olha pra você na rua, somos invisíveis. 


Rua Lecourbe
 Depois de um pouco de vinho e muitas emoções, bagagem na mão e fomos ao Hotel Lecourbe.

Compramos tickets do metro para andarmos a cidade toda. Dez no total, cerca de 12,30 euros.

Deixei as meninas no hotel e saí às 23h para comprar comida na Rue Lecourbe. Na volta esqueci o cartão do quarto e as meninas estavam dormindo. Quase derrubo a porta e acordo a todos no hotel.



Nós na Ponto dos Artistas perto de Notre Dame e do Sena
 Dia 17/12/2011 

Acordei às 8:15h da manhã, horário local e achei que meu relógio estava errado. Tudo se mantinha na escuridão. Não convencido, chamei por Roberta e, aí, ela me disse que aqui só fica claro à partir dàs 8:30h.

Depois de nos aprontarmos, tomamos nosso café matinal e com máquinas na mão, fomos à rua.

Arredores do Hotel onde ficamos.
 Como Paris é aconchegante! As pessoas fazem tudo a pé. Muitos parques, cães com seus donos fazendo caminhada.



Descobrimos que a Eiffel estava bem próxima de nosso hotel.

Encontrei uma loja da Ferrari e bati fotos pra meu irmão de uma conversível.

Fomos no Palácio das Armas, somente a parte externa.

Depois, ligamos pra casa de Maristela e marcamos de ir a Lafayete. Sofremos um pouco com o cartão telefônico e com o orelhão.


Roberta na Galeia Lafayette
Marcamos com Jorge na Galeria Lafayette

Andamos muito e fomos a Catedral de Notre Dame. Ela estava magnífica no auge dos seus 850 anos de vida.











Saint Ethiene
Passamos pelo Sena e pela  Iglesia de Sant Ethiene no caminho. Muitas fotos, muitas fotos.

Na grande catedral fizemos algumas fotos e pude fazer uma prece por minha família, meus amigos e minha igreja. Relamente um ambiente construído para que pensemos unicamente em Deus.


Á tarde, fomos aos Jardins de Luxemburgo. Realmente encantador e imenso. Tudo o que imaginei a minha vida toda, mostrou-se ainda maior e mais surpreendente do que eu imaginara.






Jardins de Luxemburgo
Seguindo, fizemos um excelente lanche numa sanduicheria próxima ao bairro de Port Royal e fomos comprar vinho para a ceia na casa da tia Maristela. Muita conversa boa onde pude ouvir sobre como é bom e o quanto é difícil de morar em Paris. Depois seguimos para o metro em direção a Lecourbe.

À essa altura minha mulher já estava craque geograficamente em Paris. Domina o subway como poucas parisienses

Depois de um bom banho morno, cama.

No Museo do Louvre
Dia 18/12/2011

Acordamos hoje às 8:00h e depois de nosso desjejum, rua novamente. Havia muita coisa a desbravar.

Pegamos o subway e fomos à casa da Maristela.

Ainda encontramos todos se arrumando.

Saindo de lá passamos hora e meia tentando encontrar um ponto de ônibus, onde pudéssemos pegar um transporte para o Louvre.



Com câmeras em mãos, chegamos ao museu. Nunca vi nada tão grandioso. Tantas obras, muitas histórias.

Fiquei estupefato.  Ficamos tão encantados que Jorge esqueceu-se de nós e se perdeu dentro do Louvre.

Mari e a Monalisa
Depois de encontrar com Leonardo e sua Monalisa e tirarmos fotos com a arte grega, fizemos um pequeno lanche na cafeteria Paul.

Sentados lanchando, Elis foi interrompida por um senhor francês que tentava lhe avisar sobre sua bolsa, que estava entreaberta. Como ela ficou nervosa, ele falou em inglês e entrei na conversa. Muita simpatia e cordialidade depois, descobri que era protestante e crente batista de uma igreja em Montparnasse. Trocamos informações e prometemos nos encontrar novamente.Seu nome era Michael.

Notre Dame
Parado no hall de entrada do Louvre por quase uma hora, para ver se era visto por tio Jorge, resolvemos sair para tentar encontrá-lo na parte externa do Louvre.

Momento de stress. Quando nos achou, jogou a culpa em nós pelo fato de ter se perdido.

Respeitando suas cãs, deixamos reclamar mesmo sem razão.

Encontramos um carrossel, lembrei de Lu e do quanto gostaria de tê-la ao nosso lado nessa viagem.

 Vinho quente pra aquecer e churros cobretos por Nutela, seguimos rumo a Champs Elysée em busca do Arco do Triunfo.

Ali descobrimos onde todos estavam concentrados. Que loucura, quantas pessoas desesperadas.

Entramos na loja da Addidas e na loja da Pegeout, onde comprei algumas miniaturas de seus modelos e Rô comprou relógios pra o pai e o irmão.

Arco do Triunfo
Seguindo em frente chegamos ao tão falado Arco do Triunfo. Muitos degraus acima e alguns euros de investimento por pessoa, chegamos ao terraço do monumento e pudemos, mesmo expostos a muito frio e neblina, contemplar a iluminação da Champs Elysée a noite. Vimos a torre do alto e a loucura dos carros naquele local.

Cansados, mais ou menos 21 horas, corremos para o metro da linha verde, número 6 seguindo todos no mesmo vagão. Ficamos na estação em Sèvres Lecourbe e a família de Jorge seguiu viagem até Saint Jacques.








Cantina do Pierre
Passamos no hotel para deixar as bagagens de mão e fomos jantar uma pizza num restaurante italiano também na Lecourbe chamado Pierre, onde tomei um vinho pra esquentar e muita coca-cola.

Já cansados, fui atendido por um garcom português chamado Jorge. Muito simpático. No balcão havia um imigrante italiano que tinha morado em Salvador/ BA. O cara era fascinado pelo Brasil. Não me recordo seu nome.

Saciados, nosso dia chegou mais uma vez ao fim.



Torre Eiffel
Dia 19/12/2011

Acordamos um pouco mais tarde, às 8:30h. Levantamos somente eu Mari pro desjejum.

Depois de um café à base de iogurte e carboidratos, fiquei no Hall do hotel postando algumas fotos no facebook e mandei emails pro meu irmão.

Morena já de pé, corri e terminei de me arrumar para sair, isso por volta de 11 am.

Andamos pelas redondezas da Lecourbe e seguimos em direção a Torre Eiffel.

Magnífica. Simplesmente Magnífica.

14 Euros por adultos, 11,80 para Mariana, subimos somente até o segundo andar. Morena disse não agüentar até o topo.

Metro de Paris
Já 12:00h da tarde, decidimos almoçar no restaurante da torre. Lá você aguarda uma mesa e ao estar sentado, down stairs pra escolher os pratos. Conta chegou trazendo 83,00 euros para três refeições. Eu e Maga comemos hamburguer com fritas e morena um risoto delicioso.

Barrigas cheias, compramos alguns suveniers ainda na torre e descemos em direção ao Palais Chaillot e Champs de Mars. Fotos, fotos e fotos.

Pernas cansadas, mas munidos de muita curiosidade, voltamos a Galeria Lafayetti onde comprei 3 relógios, duas maquiagens, e Roberta outras tantas coisas.

Metro de Paris

Pernas pra que ti quero, voltamos ao subway e descemos novamente na Sèvres Lecourbe. Compramos comida chinesa pra fazermos um piquenique no carpete do hotel. Ótima ideia!

Falamos com o Brasil pelo telefone, mais ou menos 1 Euro por minuto. Márcio/ Binha/ Hilma e Denise.

Acertamos o passeio do Senna com a família “me belisca” pra o dia 20/12/11.

Boa noite!

Nosso dia chegou ao fim mais uma vez.


Bateau Mouche, passeio do Rio Sena
Dia 20/12/2011
Levantamos as 7:45h  e depois do café da manhã,  subway até a Torre novamente. Chegamos às 9:30h e deveríamos esperar por Jorge até as 10:00h. Já nervosos e bravos, saímos de lá sem ele e sua família às 11:15h em direção ao Bateau Mouche, Rio Sena.

Compramos 2 tickets pra adultos e uma para Mari.

Bati algumas fotos de uma Ferrari que estava em exposição na margem do rio pra mostrar a Márcio.

Entramos e fomos para a parte superior do Catamarã. Nos acompanhava um grupo de meninos loiros, todos de farda, escrito, European Tour. Acho que vieram para competir em Paris.

Basílica de Sacré Cœur

Ao nosso lado estavam dois casais do Brasil, Campinas/ SP. Um casal mais jovem e outro com mais idade. Muita resenha. Todos nós reclamávamos do frio.

Ao passar pelas pontes e viadutos, o grupo do Europen Tour gritava para os transeuntes nas pontes. Uma comédia mesmo.

Fim do passeio, de mais ou menos uma hora, voltamos pra margem e qual não foi a nossa surpresa, encontramos e Jorge, Elis e Patrícia, que chegavam para dar início ao passeio.

Segundo ele, a calefação havia faltado à noite, assim como a luz do apartamento do Jean.

Fomos embora certos de nos encontrarmos mais tarde para jantar.

Lanchamos por volta de 13:00h nas margens do Sena, cada um com seu crepe.
Apresentação no arredores de Sacré Coeur

Bucho cheio, seguimos ao metro para Sacré Coeur. No caminho mais fotos e filmagens.

Descemos em Sacré Coeur por volta das 15 horas. Nos informamos sobre como chegar à igreja e lá fomo nós. Escada pra cima e pra cima.

Encontramos uma linda feirinha, como muita comida boa e farta no caminho da capela. Havia também um senhor com o cão labrador, ele muito elegante e o cão muito educado. Aproveitei para matar a saudade dos meus cães, acariciando aquele labrador.

Entramos na capela e fomos logo avisados: silêncio, roupas descentes e sem fotos e/ou filmagens.

Igreja muito simpática, de guardiões atentos e bravos, mas, mesmo assim, consegui tirar duas fotos do interior da igreja.

Algumas orações por minha família, amigos e igreja e fui embora.

Doces e salgados na feirinha de Sacré Coeur
Do lado de fora havia uma grande festa. Tinha um rapaz cantando Beatles e Elvis. Outro, em outro espaço, seguia fazendo piruetas com uma bola de futebol.

Paramos e compramos doces e chocolates caseiros na tal feirinha perto de Sacré Coeur.

Descemos por outro caminho e compramos lembranças e mais lembranças numa lojinha muito aconchegante.

Pegamos o metro e seguimos para a casa da tia Maristela, para jantarmos.

Chegamos às 18:40h na casa dela e encontramos Mila pela primeira vez em Paris. Havia chegado a pouco de Oslo, Noruega. Coitada, havia perdido a mala na viagem.

Família jantando - mesa grande, do jeito que Jorge queria
Perto das 19:00h, Jorge e família chegaram e então saímos para jantar num restaurante freqüentado por Maristela há mais de 18 anos. Antes tomamos um chá de hortelã servido por Mila. Parecia chá de pasta de dente, kkk.

Muito frio, mas o restaurante muito aconchegante, onde era servido comida tailandesa, sempre no menu. Sopa de entrada, carne com cebola e arroz com ervilha e presunto e muito vinho. Fechamos com um dessért horrível. Deixamos, 50,00 euro por família.

Voltamos a casa de Maristela, sempre à pé, para pegarmos uma mala enviada por ela a Amanda.
Metro, para Lecourbe, banho e cama. Deveríamos acordar mais cedo ainda no dia seguinte para aproveitarmos nosso último dia. Fomos dormir as 00:30h. Fim de mais uma dia.

Dia 21/12/2011

Acordamos às 7:00h. Breakfast very fast, seguimos em direção ao metro, para pegar a linha C, que nos levaria a Chateau de Versailles.

Deixamos o subway e pegamos um trem diferente, cadeiras em baixo e no primeiro andar, parecendo ser para percorrer grandes distâncias.

Seguindo Pierre na ferrovia perto de Verssailles
O maquinista somente falava em francês com muita rapidez e o desenho das paradas não podia ser bem compreendido por nós.

Confiantes da certeza de Roberta que já havia dominado o subway, e acrescido a isso a grande conversa com suas primas na noite anterior, seguimos em frente até não restar mais ninguém no vagão.

Cada quilômetro percorrido descobríamos uma França diferente. Encontramos muitas casas, que já eram oposta a Paris, onde somente víamos prédios residenciais e comerciais.

Ocorre que em um determinado momento da viagem, já não havia mais estações a encontrar o que nos deixou a todos apreensivos sobre nosso futuro.

Mariana muito nervosa dizia para praticamente arrombarmos as portas do vagão e eu tentando manter a calma falava: uma hora a gente para. Paramos, sim, mas longe da estação e ao lado de outro vagão.

Comecei a bater na porta que dava acesso ao vagão do maquinista e qual não foi a nossa surpresa o mesmo nos encontrou e disse, com espanto, esse trem não vai mais a lugar nenhum. Sigam-me que vou levá-los a estação.


Seguimos, Pierre, esse era seu nome. Franzino e loiro com uma fala confusa, mas muito simpático.


Seguimos Pierre por cerca de 400 metros até a estação e dissemos-lho, não queremos mais Versailles, queremos voltar a Paris.

Ele nos deixou dentro do vagão para Paris. Como falar mal dos franceses?

Seguimos então para Glaciere, casa de Maristela, onde encontramos com Mila.

Tomamos chã e esperamos por Jorge e família que ligou e pediu para que esperássemos.

Quando chegaram, saímos todos e deixamos Mila fazendo uma super faxina, pois Maria Augusta, tia avó de Mariana, chagaria para passar o restante do ano.

Compras em Montparnasse
Partimos para Montparnasse para fazer compras, numa espécie de out let. Minhas meninas compraram carteiras, bolsas e eu mirando os relógios de marca.

Circulei com Jorge nas redondezas deixando-as na caça de oportunidades.

Descobrimos um lugar para o almoço, com comida chinesa à vontade por 10, 90 euros a cabeça.

Voltamos para buscá-las e almoçar. Seguimos em direção ao restaurante, agora em seis, mas, infelizmente, a maitre nos avisou que fecharia dentro de 20 minutos, então desistimos todos.

Seguindo em frente, somente havia pães, crepes e bagetes em oferta para o almoço, mas já não agüentávamos mais.

Nahit, o  simpático garçom de Bangladesh
Ufa!, encontramos um menu barato e convidativo. Comida belga. Menu com entrada de salada, fritas e steak de prato principal e pudim de dessért por 10,90 a cebeça também.

Fomos atendidos por um simpático garçom indiano de Bangladesh. Sua simpatia nos surpreendia, uma vez que não parava de elogiar o Brasil e o povo brasileiro. Dizia querer estar no Brasil em 2014 para a copa do mundo.

Começamos uma longa conversa, sobre sua terra natal e os comparativos com a vida na França. Nahit, esse era seu nome. Disse que morava com seu tio e que era por vontade única de seu pai. Seu desejo, na realidade era estar na índia onde, sim era, feliz.


Lembro-me de ter peguntado a ele se em paris não havia mais dinheiro a ganhar e sua resposta foi que sim, mas que money is not the most important for him.

Nahit, disse ainda que morava num local sedido pelo governo francês e que na França as pessoas eram muito estressadas, que não havia tempo livre. Que lá só havia tempo para o trabalho. Lembrei-me naquele momento das palavras de Maristela.

Nahit conquistou a todos na mesa.

Bucho cheio, seguimos em direção as compras mais uma vez.

Zara, Louis Pion, Sefoha dentre outras foram nossas vítimas naquela tarde.

Gastamos, eu Roberta, muito e às 19:00h nos despedimos de Jorge e família, uma vez que tínhamos que arrumar as muambas nas malas, acerta o taxi para o hotel, fechar a conta e dormir muito cedo.

Última noite em Paris
Beijos e abraços, seguimos para outras lojas e depois pegamos o subway para Lecourbe.

Arrumamos todas as malas, tomamos banhos, acertamos as contas e os horários e saímos para comer uma macarronada e uma deliciosa lasanha na cantina do Pierre.

O mesmo garçon nos atendeu na cantina. Sempre fascinado por Salvador, não parava de dizer: Samba, Carnaval e chegou a cantarolar algumas músicas de axé music.



Tudo perfeito, comemos bem os três e a conta chegou mostrando 30,00 euros.

Ultimos passos na rua Lecourbe, seguimos batendo fotos até o quarto e fomos dormir às 00;00h.

Hotel Lecourbe
Na volta - Aeroporto de Barrajas, espenha
Dia 22/12/2011

Acordamos às 6:30h, assim como combinado com o despertador.

Malas já prontas, somente faltava fechar a minha.

Descemos rápido as escadas e fechamos o que faltava ser fechado com o hotel.
Ainda deu tempo de beliscar um breakfast e mais que fast dessa vez. Logo a oriental que servia na recepção do hotel, gritava no salão do café, Taxi para Marcos Araújo.

Largamos nossas xícaras e corremos. Ainda estava escuro.

Um motorista, num carro de porta-malas grande nos esperava. Ele mesmo arrumou nossas malas no carro.

Calados até o Aeroporto de Orly. Entra em rua, sai de rua. Avenidas largas, chegamos ao aeroporto, no gate 2.

Descemos, a conta do taxi deu 42,00 euros.

Voltando
Buscamos o balcão da Air Europa e nada. Um senhor, calvo que dava informações para a AirFrance, nos ajudou em inglês. That way. Turn rigth and go aready, in your rigth side.

Ao perceber que éramos brasileiros, gritou: Viva o Brasil.

Corremos e fizemos o check in. Hora e meia de espera no saguão do aeroporto, embarcamos cercados de estrangeiros e poucos brasileiros.


Chegamos a Madri e fomos ao toilet e depois um pequeno lanche.

Duty free, Pólo, Boss, Azzaro, Victoria Secrets, dentre muitos foram nossos investimentos.

Seguimos para o portão de embarque. No megafone, fomos informados da mudança de portão faltando poucos minutos para o embarque. Lá fomos nós correndo feitos loucos até o portão indicado.

Embarcamos rumo ao Brasil e nove horas depois, chegamos a Salvador. Estávamos exaustos. O calor nos tomou a todos novamente.

Um misto de segurança por estarmos em nosso país e de saudade pelo que deixamos para trás.

A PF mandou que retirássemos nossas malas antes de irmos ao Duty Free. Momento de stress. Será que seríamos pegos com nossas muambas? kkkkk

Compramos mais coisas e passamos sem termos nossas bagagem verificadas. Afinal de contas já pasava das 22:00h e os policiais federais eram baianos. kkkkk

Pequeno lanche e embarcamos rumo a Maceió. Muita saudade de meus pais, irmão, sobrinha, cachorros e minha casa. Só me lembro de pedir a Deus que os encontrasse em paz, aí apaguei, somente sendo despertado pelo impacto do avião no solo alagoano.