Gonzaga, minha história


Essa semana gostaria de fugir um pouco da regra de grandes líderes socialistas e me afundar na vida de uma figura mais que comunista. Ele fez com que o sulista cantarolasse que a terra ardia, mesmo no frio. 

Ele juntou ao som de seu acordeom os retirantes do nordeste, que migraram ao sul fugindo da seca. Comunista do som, do ritmo, da festa. Ele fez o Brasil todo xaxar, forrozear.  Meu homenageado dessa semana é Luiz Gonzaga, o nosso Gonzagão.

Semana passada fui junto com minha família, assistir o filme que conta a história do Rei do Baião e de seu filho Gonzaguinha. 

Confesso que os olhos saíram marejados de lágrimas e a respiração pesada. É de chorar.

A vida de Gonzagão e de sua família é, talvez, a história de muitas famílias do Nordeste.

Graças a Deus, eu não sei o que é passar fome, sede, miséria, mas me lembrei de meus avós. Sei que desbravaram esse nordeste para que minha geração tivesse conforto.

De um lado meu avô José de Araújo Neto, vindo de Murici pra ter e criar seus filhos na capital, fazê-los vencer, tornarem-se homens e mulheres dignos. Já ouvi histórias sobre sua vida que se assemelham muito a de Gonzaga. Do outro lado, Carlos Moraes, que cortava as estradas do Norte e Nordeste do país em cima de um caminhão, construindo o sonho tão recente da Petrobrás.

Assistindo a Gonzaga, De Pai Para Filho, quase pude ouvir Dona Inês, cantando baixinho Asa Branca enquanto fazia o feijão, no velho fogão a lenha, que minha mãe já me falara tantas vezes.

Fechava os olhos e podia ouvir o som de Pisa Na fulô, que percorria os corredores no velho casarão do Centro onde minha avó Nausa passava as roupas do pequeno Jarbas.

Gonzaga, de Pai Para Filho, é a história da gente. A história das dores e conquistas do povo do nordeste brasileiro, dos nossos antepassados.  É a história de um homem, que fez o povo do Brasil cantar unido, junto, e tornou o baião comum a todos os brasileiros.

Meu comunista dessa semana é Luiz Gonzaga, o Rei do Baião!
Vale a pena assistir o filme de sua vida.


DARCY RIBEIRO NO LIVRO "O POVO BRASILEIRO"

MISTURA DE RAÇAS - Para explicar a mistura de raças do povo brasileiro, Darcy Ribeiro mostra que ela foi sustentada por quatro pilares, são eles: as matrizes que compuseram o nosso povo, as proporções que essa mistura tomou em nosso país, as condições ambientais em que ela ocorreu, e os objetivos de vida e produção assumidos por cada uma dessas matrizes. A esses pilares se somam três forças: a ecologia, a economia e a imigração. Ele sustenta que somos muito mais marcados hoje pelas nossas semelhanças do que pelas diferenças. Surgia assim no Brasil uma estrutura social totalmente inédita, cuja economia era baseada no escravismo e no mercantilismo, que se constituiu pela supressão de qualquer identidade étnica discrepante da do conquistador através do etnocídio e do genocídio, cuja ideologia era sustentada pela igreja.

Darcy Ribeiro ... do lado dos derrotados

...Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas.

DOM HÉLDER PESSOA CÂMARA

Fortaleza, 07/02/1909 — Recife, 27/08/1999. 

Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi o único brasileiro indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, foi acusado por seus opositores de ser conivente com o marxismo, ideologia contrária aos princípios cristãos.

Em 1956, fundou a CRUZADA SÃO SEBASTIÃO, com a finalidade de dar moradia decente aos favelados.

Suas posições políticas lhe renderam pesadas críticas, sendo seu algoz nos meios de comunicação o jornalista e teatrólogo Nélson Rodrigues, que afirmava que "D. Helder só olha o céu para saber se leva ou não o guarda-chuva".
Em 1984, ao completar 75 anos, apresentou sua renúncia. Em 15 de julho de 1985, passou o comando da Arquidiocese a Dom José Cardoso Sobrinho. Continuou a viver em Recife, nos fundos da Igreja das Fronteiras, onde vivia desde 1968. Morreu aos 90 anos em Recife no dia 27 de Agosto de 1999.

Eu já falei a vcs sobre Nahit?

Esse é o Nahit.

Conhecemos Nahit em seu local de trabalho. Era garçom em um restaurante Belga no centro de Paris. Naquela tarde, em que nos servia o almoço conquistou a todos na mesa com sua simpatia e atenção. 

Falava que estava na França por ordem de seu pai, uma vez que não havia como se sustentar com dignidade em Bangladesh, sua terra natal. Disse ainda, que se dependesse dele estaria lá junto dos seus, mesmo com toda dificuldade. Sentia falta de seu povo. De suas raízes.

Disse ainda que precisava vencer, por que muita gente dependia dele. Muitos contavam com ele.

Saí daquele restaurante, certo de que tinha uma vida muito legal, no Brasil, perto dos meus e que talvez agradecesse pouco por isso.

Naquela tarde, agradeci muito a Deus pela oportunidade que tenho, de, na hora que eu quiser, poder dar um cheiro em minha mãe, mulher e filha, abraçar meu pai, passar horas conversando com meu irmão e amigos sobre as mais variadas bobagens. Nahit não. Ele tem muita gente que depende do seu sucesso.

Desde aquele dia, Nahit, que talvez nunca mais tenha a oportunidade de ver de novo, não sai das minhas orações.

Triste é o país que precisa de heróis

É engraçado, como necessitamos tanto, estamos tão carentes de pessoas superiores a nós em nossa raça. A gente não gosta de trabalho em equipe. A gente curte mesmo os deuses. Aqueles que vão e ganham  o jogo sozinho pra gente.

No futebol, muitos conseguiram esta fama no trato com a pelota. Garrincha, Didi, Zico, Romário, Maradona e o mais famoso de todos, Pelé, que parecia estar um século à frente dos demais mortais quando jogava.

Hoje, diante da mediocridade onde nossa sociedade está mergulhada, alguns precisam de tão pouco para se tornarem heróis. Tão pouquinho!

Dia desses, um garoto achou uma bolsa cheia de joias. Ao contrário do que os simples mortais fariam, em seu lugar, ele devolveu-a a dona. Pronto, já nos emocionou absurdos. Foi até no Faustão. 

Não que o ato fosse sem importância, mas ele só cumpriu, talvez uma das mais basilares regras da boa educação. Ser honesto. Era algo que deveria ser comum pra gente. Mas não é. Não nos dias de hoje.

Agora, quem se desgarra da multidão dos impotentes mortais é o ministro Joaquim Barbosa. Até ao Batman, o Cavaleiro das Trevas, o comparam, tamanha a sua fama de honesto e justo.

O sentimento que fica é o pior possível. Nós estamos perdendo a guerra. Poucos são os que estão em pé.  A nação está caída.

Nos últimos anos, não sei se pelo fato de estarmos nos isolando cada vez mais e em consequência, deixamos cada vez mais de trabalhar em grupo, estamos  mais e mais carentes dos nossos heróis.

Quem poderá nos salvar?...


É um caso a se pensar. Por que nos emocionamos tanto hoje com tão pouco? Quem preencherá definitivamente essa lacuna em nossas vidas?

Não sei, sinceramente. Triste é o país que precisa de heróis

Osório.

Ele nos tinha por irracionais


EDWARD LOUIS BERNAYS

Morto em 1995, foi um pioneiro no campo das relações públicas, e da propaganda, referenciado como "pai das relações públicas”. Combinando as ideias de Gustave Le Bon e Wilfred Trotter com as ideias psicológicas de Sigmund Freud, seu tio.

Sua forma de trabalho se baseava no princípio de que as pessoas são irracionais, suas decisões e ações são manipuladas facilmente.

Bernays aplicava isso na construção de propaganda. Ele trabalhou para as mais importantes corporações e aconselhou inúmeros políticos.

Edward achava que a única maneira de lidar com o público era se conectar com seus anseios e medos inconscientes.

Entre seus clientes estava a United Fruit, empresa americana que teve suas terras na Guatemala desapropriadas nos anos 50.  A United Fruit contou com os conhecimentos de manipulação de massa de Bernays para derrubar o governo guatemalteco que havia tirado deles a posse de suas terras.

Nos anos 20, Bernays tinha como principal missão, desenvolver técnicas de consumo para a grande massa americana. Ele foi a primeira pessoa a dizer as montadoras de carros que elas poderiam vender automóveis como símbolo da sexualidade masculina e vitorioso na campanha para a disseminação do hábito de fumar entre as mulheres, até então poupadas desse flagelo. Iludiu-as sedutoramente

Bernays tratava a humanidade como um imenso rebanho de ungulados, seu papel era tocar o rebanho, o que conseguia fazer como ninguém.


Quase desistindo

Mercado de artesanato de Maceió
Tenho pensado muito em sair de Maceió.


As belezas naturais já não me satisfazem mais. Já não me bastam.


Tava tentando entender os reais motivos de tal sentimento. Saber o por que dessa tristeza que não sai do meu coração, dessa vontade louca de deixar a terra onde nasci para arriscar no desconhecido. 


Certa vez, enveredei pela ideia de que a inércia e o egoísmo dos políticos em resolver os problemas mais elementares, mais vitais da sociedade, tinham despertado esse sentimento em mim.


Depois passei a culpar as empresas e sua obstinação cega pelo lucro, que deixavam um rastro de violência por parte dos que não tinham pra comprar suas porcarias e que transformavam minha cidade é um grande lixão com suas embalagens indestrutíveis. 

Certo dia, o mistério chegou ao fim. Ao passar pelo corredor da nossa casa, deparei-me com o espelho da sala. Naquele momento percebi qual era a resposta para minha angústia.

A cartomante e o templo


Dia desses, um amigo meu que é empresário, me contou algo que me fez pensar em como as pessoas, até aquelas, que se apresentam como cristãs, mas, digamos assim, não praticantes, veem a igreja e sua função social hoje em dia.

Esse tal amigo me dizia naquela ocasião, que certa vez, vinha passando por uma situação financeira complicadíssima em sua empresa. Daquelas situações de tirar o sono e de já antever uma situação de falência. Ele me dizia que havia estourado todas as contas bancárias suas e de sua empresa, cartões corporativos, pego dinheiro com alguns agiotas, etc...

Depois de me detalhar com mais profundidade a situação, me contou também, que certo dia, compartilhando isso com alguém muito próximo a ele, esta pessoa lhe fez a seguinte pergunta:
- Porque você não procura uma cartomante?. Eu já fiz isso numa situação parecida com a sua e deu certo.

A tal pessoa próxima, inclusive, lhe indicou naquele papo, uma famosa vidente, que já havia visitado.

De posse do nome, telefone e endereço da tal mulher e desesperado com as portas fechadas a sua frente, meu amigo endividado, então resolveu ir ao encontro da tal pessoa.

Chegando ao “consultório” da mística, entrou, sentou e depois de quase uma hora de espera na antessala, esta lhe recebeu. Contou-lhe seus problemas, detalhando os ativos, passivos, credores e demais contornos de seu inferno financeiro. Falou também de sua família, do tal amigo e, então, em determinado momento, a cartomante pediu suas mãos e olhando-as, aponta as famosas linhas de suas palmas e chega a um veredicto, entre caras e bocas:

- O senhor precisa procurar uma igreja. Qualquer uma. Basta passar a frequentar um desses templos e a partir da quarta visita que o senhor fizer, notará uma mudança em toda sua vida.

Isso ele me contava numa roda de amigos, dando, inclusive, conselhos a outras pessoas que estavam na mesma roda de bate-papo. Disse ainda mais:

- Depois de algumas rezas, tudo mudou na minha vida, superei esses problemas financeiros e coloquei tudo no lugar.

Aí, eu perguntei:

- e a igreja? Continua indo lá?
- Nunca mais, disse ele.

Ao ouvir essa história, confesso que passei a me perguntar se realmente, a igreja tinha esse aspecto de amuleto que esse amigo me contava. Não havia ainda percebido, ou não havia parado ainda para refletir sobre possibilidade dessa função existir. O que me chamou mais a atenção, é que, talvez, na ânsia de se moldar ao imediatismo dos que buscam os templos para solução dos seus problemas, as congregações estejam alimentando esse conceito na mente do povo.

Em minha comunidade, por exemplo, existe um momento para que as pessoas se aproximem do púlpito, com a finalidade de que o pastor ore por elas e seus inúmeros e mais diversos problemas. O mais interessante nesse momento, é que venho percebendo, que a cada domingo, os bancos ficam mais e mais vazios nessa parte do culto, ou seja, mais e mais pessoas estão indo à frente e levando consigo suas limitações.

O que acho interessante nisso tudo, e o que me importa frisar nessa parte do texto, é o fato, de que, talvez, a função de amuleto das igrejas, venha atraindo mais e mais pessoas ao templo e isso, me reporta, a um problema, que observo com apreensão nos dias atuais.

Há tempos venho percebendo uma mudança no formato do que se é falado nos púlpitos. O Deus, muitas das vezes “consolador” não está sendo apresentado à congregação. Deixe-me ser mais claro. Percebo, que, nos dias atuais, as igrejas estão muito mais preocupadas em vender, em seus púlpitos, o Deus que cura e que resolve tudo, do qual, eu não posso e nem tenho como duvidar, mas, com isso, esquecem-se do Deus que consola, do Deus que apazigua os ânimos, do Deus que se compadece dos nossos sofrimentos. O Deus que diz: você está no fundo do poço, mas estou com você. Aquele Deus da canção: Se as águas do mar da vida quiserem te afogar, segura na mão de Deus e vai... Esse Deus está sendo renegado, está sendo colocado em segundo plano.

A morte, por exemplo, por que tanta preocupação em se vender cura, se todos nós sabemos que dela ninguém há de fugir.

Acabei de escutar uma canção que postaram a pouco, que só fala de vitória. Não, não, mil vezes não.

Um outro aspecto a ser observado nisso tudo que estamos abordando, é que, talvez, o que se está sendo buscado, não está sendo atingido.

Há uns três anos, recebemos o Pr. Alexandre Ximenes em nossa igreja, durante as férias de janeiro. Naquele domingo chuvoso à noite, ele nos falou sobre o poder renovador do evangelho na vida das pessoas.

Naquela mesma palavra, Ximenes foi contundente em afirmar, que sempre esperou, assim como muitos, o dia em que seríamos (os evangélicos) a maioria no Brasil, por que sempre ouvia falar na alegria que viveríamos no Brasil quando ele fosse de Cristo, do nosso Cristo.

Naquele ano, as estatísticas apontavam que os protestantes já eram muitos e naquela mesma noite ele perguntava: - mas onde está a alegria? Por que o evangelho pregado no Brasil não trazia bem estar para o brasileiro? Por que os problemas só se avolumavam, se já éramos tantos? Há alguma coisa de errado conosco. Nisso ele foi categórico.

E ainda naquela mesma noite chuvosa, eu pensava com meus botões, por quê?

O eterno pecador, Reverendo Caio Fábio D’Araújo, já chegou a afirmar no passado da grande tristeza de seu coração quando percebe que algumas pessoas pioram ao se converterem. Ficam mais carrancudas, não se arriscam tanto e nem se doam mais.

Hoje, passado algum tempo e agora, diante da história da cartomante, percebo a que nos reduzimos.

Nós pegamos a figura de um Deus soberano em graça e o transformamos em deus curandeiro, fazedor de milagres, nepotista, que garante emprego aos que o bajulam, independente da qualificação que possuam. Um deus gerente de banco, que faz vista grossa para as nossas falcatruas diárias e, como se não bastasse, ainda nos ajuda a escondê-las, ou seja, um deus pequeno e desonesto.

A esse deusinho eu não sirvo.

Eu sirvo a um Deus que amo independentemente da situação que me encontre, até mesmo por que sei, que mesmo atravessando desertos, ele caminha do meu lado e segurando minha mão. Que mesmo que me tire, e não tira, uma parte do meu corpo, ele me faz chegar em seus braços aonde devo ir. É a esse Deus tremendo que suplico, que mostre a seu povo e permita-lhe ver, que Ele é muito maior do que a própria vida falível que temos.

Sei que a culpa desse viés de curandeirismo, nepotista, de cúmplice com o que é ilegal, é o caminho mais fácil para que os bancos vazios se preencham. Eu também sei que é mais fácil se encher um templo prometendo do que ensinando, mas não posso compactuar com essa irresponsabilidade nem mais um dia.

As igrejas não podem curar, pagar suas contas, nem livrar-lhe da Receita Federal. Nem muito menos podem fazê-lo prosperar em riquezas, nem lhe tornar imortal. No máximo, a igreja pode lhe ajudar a encontrar pessoas que tem tantos ou até, mais problemas que os seus e através da experiência do irmão, lhe fazer mudar de vida ou lhe dar entendimento para conviver com eles.

O Deus Soberano a quem sirvo, às vezes, traça nosso destino, passando pela morte de uma pessoa próxima. Esse mesmo Deus a quem sirvo, muitas das vezes, me faz caminhar pelo deserto do desemprego, a fim de calcificar meus calcanhares, mas mantém a minha cabeça em pé em confiança.

Se o púlpito volver a atos dos apóstolos algum dia, aí sim, poderemos enxergar um Brasil melhor, com crentes felizes em Deus através de Jesus.

Minha palavra aqui não é de desesperança, mas de alegria, no entanto, em determinadas ocasiões, você perceberá, que em Deus, você não encontrará uma resposta positiva ou negativa para sua vida, mas O encontrará caminhando ao seu lado no deserto.

Soli Deo gloria.

Osório.

Por trás dos muros das nossas prisões



Amados,

Durante meus longos 44 anos de vida, não consigo me lembrar de ter ficado um domingo sequer, sem estar no meio dos irmãos da minha congregação.

Sou crente batista, aceitei Jesus aos 8 anos, me batizei aos 11, fui presidente da classe de adolescentes, presidi a juventude e cheguei a ser o ministro mais jovem da minha congregação, uma das mais antigas do país. Uma vida eclesiástica intensa, não é? Pois é, havia uma época que eu achava que o excesso gerava qualidade. Na verdade essa é uma ideia que rodeia o povo de Deus. Um dia isso mudou em minha vida.

O que me importa dizer, nesse momento, é, que por vezes, Deus nos fala das mais diversas maneiras e que foi assim, que aconteceu comigo, quando assisti, pela primeira vez, ao filme, Um Sonho de Liberdade, do diretor Frank Darabont.

O filme contava o dia a dia de uma penitenciária norte-americana nos anos 50. Me lembro, que dentre os muitos personagens interessantíssimos, um em especial me chamou muito a atenção no filme. Era ele o velhinho da biblioteca.

O velhinho da biblioteca era o preso responsável, na penitenciária, por cuidar dos livros e distribui-lós aos detentos. Ele era muito antigo naquela prisão, já estava lá há pelo menos 50 anos, tinha como amigo um ratinho de estimação e todos os dias passava empurrando o carrinho, de cela em cela, oferecendo aos colegas, livros velhos para pudessem tentar ocupar suas mentes.

Certo dia, as coisas mudaram. Chegou a noticia de que ele deveria deixar a prisão,  depois de longos anos. Deveria sair em liberdade condicional, ou seja, ele obrigatoriamente deveria cumprir o resto da pena fora das muralhas da prisão. 

O filme segue e passados alguns meses, seus colegas recebem a triste notícia de que ele havia se matado em um quarto de pensão.

Lembro, que nessa cena do filme, um outro presidiário, explicava o que havia motivado o pobre velhinho ao suicídio, dizia: “ele estava institucionalizado”. Havia passado tantos anos atrás dos muros daquela penitenciária que não conseguia mais se acostumar com o mundo lá fora e preferiu tirar sua vida fora.

Sabe amigos, Deus nos fala de maneiras, que fogem ao nosso entendimento. E essa havia sido a maneira que Ele havia escolhido para falar a minha vida. Eu me lembro, que foi impossível assistir aquele filme sem transportar a situação daquele velhinho para minha vida.

Aquela mensagem batia forte como um sino em minha cabeça. Naquele momento, Deus me fazia a seguinte pergunta: Será que você também não está institucionalizado? Será que esse seu mundinho perfeito não deixou você cego? Será?

E entre tantos “serás”, comecei a perceber, que sempre fui tangido, como boi no pasto, a pensar, que meu ideal de vida cristã limitava-se a não falar palavrão, não beber nem fumar, viver única e exclusivamente para minha esposa e filho, ir dominicalmente a minha congregação, dizimar e nunca recusar o que me vinha a mão para fazer. Agora, Deus me sacudia por inteiro e provocava em mim um sentimento de estagnação alucinante. Me sentia uma verdadeira tartaruga. Limitadíssimo.

Esse sentimento novo me fazia pensar, que eu ainda não havia dado um passo sequer em direção a uma vida cristã plena. Àquela vida que Ele idealizara para mim.Tinha a certeza de que não era aquilo que Deus queria de mim.

Passei a compreender, que durante meus 44 anos de vida, tudo pelo qual havia buscado era fácil demais de ser alcançado. Todos os meus alvos, num passe de mágica, pareciam fáceis demais. Naquele momento eu compreendi, que aquilo era apenas uma “capa” de bom cristão.  Passei a entender que ser cristão é buscar, acima de tudo, o Cristo vivo, o que implicava em seguir seus passos sem arreios, e, no meu alvo, algo muito maior do que aquilo que havia me permitido até aquele momento.

A institucionalização espiritual nos faz acreditar piamente, que o não beber, não fumar, não falar palavrão dentre tantas bobagens, bastam para saciar o desejo de Deus para as nossas vidas. É como se a institucionalização nos dissesse: “basta isso e você vai estar debaixo da vontade de Deus”. 

Custei a compreender o que Deus queria para a minha vida. Custei a entender que esses alvos, não eram alvos divinos e sim alvos mundanos.

O Senhor me quer seguindo o exemplo de Jesus na integralidade de sua vida. O fato de não roubar o próximo, por exemplo, não é característica de servo do altíssimo, mas apenas a constatação da boa educação recebida dos nossos pais. 

Veja o templo. É curiosa a relação dos crentes com o ele. O fato de ir as reuniões dominicais, pelo simples fato de ir, é tomado por muitos, como uma característica de servo de Deus fiel. Longe disso.

A ideia de que o templo é indispensável para a nossa vida como cristão, é vendida como se algo de milagroso existisse nisso. Não, não e não. Deus nos quer no templo para que possamos adorá-lo e nos possamos nos fortalecer mutuamente e nada mais que isso. Mas dentro do cristianismo institucionalizado, isso parece bem lógico.

O que quero de fato dizer é, que muitos, fazem das tradições, coisas santificadas, assim como afirmou J.C. Ryle: 

A experiência provê a dolorosa prova de que as tradições, uma vez engendradas, são primeiramente tidas como úteis, depois consideradas necessárias, até finalmente serem transformadas em ídolos. Todos têm que se curvar diante delas ou haverá punição.

Não há nada de errado com o fato de se estar só, ou seja, você não vai deixar de ser um cristão espetacular aos olhos de Deus, se não for a igreja. Até Jesus gostava da solidão. Lucas 6:12 diz:

E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus.

Não façamos das coisas simples e insignificantes, os suprassumos de nossas vidas.

Muitas vezes, nos cercamos de coisas terrenas, alvos mundanos para demonstramos aos outros quão santos nós somos, e o pior, acreditamos tanto nessas coisas, que algo que destoe do que idealizaram para a nossa vida cristã, passa a estar fora da vontade de Deus.  

O pior disso tudo é que essas coisas ainda podem nos servir de vaidade e soberba. Agora, estarmos soberbos pelo que não nos dá trabalho? é a mesma coisa de nos vangloriarmos de ganhar os cem metros rasos correndo pela beira da piscina. Como se gabar disso?

Irmãos, Deus nos deu Jesus para que pudéssemos seguir seu exemplo de vida.

No livro de Gálatas 5:1, Paulo fala em liberdade e diz assim:

Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. 
É dessa liberdade que falo aqui.

Amados, o evangelho deixado por Cristo é novidade e não mesmice. Devemos sempre nos colocar á prova, na esperança de que estejamos aperfeiçoando o servo em nós.

Coloque alvos de valor, em sua busca por uma vida de acordo com a vontade de Deus.

Verifique e confronte tudo o que lhe disseram ser vontade de Deus e não se conforme com nada. Nunca!

Viva um evangelho vivo e livre, assim como o pregado por Cristo e ratificado por Paulo.

Senhor, que a minha vida seja eficaz para o teu reino. Me faz , ó Pai, ser sempre vaso novo e útil a tua causa. Isso é o que peço em nome de Jesus, Amém!
Soli Deo gloria

Osório




Recurso é considerado deserto por insuficiência de depósito no valor de R$ 0,01



A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho  negou provimento, por unanimidade, a recurso da Politec Tecnologia de Informação S.A. pelo qual buscava a reforma de decisão da Presidência do TST que havia declarado a deserção de seu agravo de instrumento por insuficiência do depósito recursal no valor de um centavo. No caso, a 14ª Vara do Trabalho de Brasília, em ação de reconhecimento de vínculo, condenou a empresa a indenizar o trabalhador em R$ 50 mil. Diante disso, a Politec recolheu o valor de R$ 5.691,90 em garantia para interposição do recurso ordinário. Após nova decisão desfavorável, a empresa efetuou outro depósito, desta vez no valor de 11.779,02, como garantia a interposição de recurso de revista. O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª (DF/TO) negou seguimento ao recurso de revista, o que levou a Politec a interpor agravo de instrumento para o TST, na tentativa de que seu recurso fosse analisado. A empresa deveria, dessa forma, em observância ao disposto no artigo 899, parágrafo 7º da CLT e da alínea "a" do item II da Instrução Normativa nº 3 do TST, complementar o depósito recursal até alcançar o valor fixado na condenação, ou efetuar o depósito da metade do valor máximo do recurso de revista que visava destrancar, ou seja, R$ 5.889,51. A Politec optou por depositar a metade do valor do recurso de revista. Porém, ao efetuar o depósito, a empresa o fez na quantia de R$ 5.889,50. Diante disso, a Presidência do TST, com fundamento no artigo 557, caput do Código de Processo Civil, negou seguimento ao agravo de instrumento por deserção. A Politec, inconformada, interpôs o agravo agora julgado pela Sexta Turma. Em suas razões, a empresa sustentou que, diante do princípio da insignificância, o recurso não poderia ter sido considerado deserto. Alegou ainda que não teria sido intimada para suprir o valor não depositado. A Turma, porém não acolheu os argumentos da empresa. Para os ministros, Orientação Jurisprudencial 140 da SDI-1 do TST considera deserto o recurso quando o recolhimento é efetuado em valor insuficiente ao fixado nas custas e nos depósitos recursais, ainda que a diferença seja, como no caso, de apenas um centavo. Processo: Ag-AIRR-131-80.2010.5.10.0014


Fonte: Revista Jus Vigilantibus

TNU: Não perde a qualidade de segurado quem deixa de contribuir em razão de incapacidade



A Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais (TNU) uniformizou entendimento segundo o qual o segurado que deixa de contribuir para a Previdência Social em razão de comprovada incapacidade laboral, não perde a qualidade de segurado enquanto perdurar esta situação, principalmente se durante este período o segurado perceber benefício  por incapacidade. O julgamento foi proferido em sessão realizada em 29/03, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro (RJ). A TNU conheceu e deu provimento ao incidente de uniformização, determinando a restauração da sentença prolatada em primeira instância (Juizado Especial Federal de Santa Catarina). No caso concreto, a autora recebeu benefício de auxílio-doença entre dezembro de 2005 e agosto de 2008, permanecendo desempregada até a data do requerimento administrativo, feito em janeiro de 2010, o que, no entendimento da sentença e do acórdão recorrido, estendeu o período de graça (período em que o segurado ainda tem o direito de permanecer filiado à Previdência, mesmo não contribuindo) por 24 meses, conforme art. 15, II, § 2º, da Lei n. 8.213/91. De acordo com esse dispositivo legal, mantém a qualidade de segurado até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração, sendo que esse prazo será acrescido de mais doze meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Mas, de acordo com o relator do incidente, juiz federal Adel Américo de Oliveira, no caso concreto, “não se pode considerar como início do período de graça o momento em que o segurado deixou de contribuir, uma vez que tal circunstância se deve ao início do percebimento de benefício por incapacidade”, ou seja, o segurado deixou de contribuir porque passou a receber o auxílio-doença. Esta circunstância, de acordo com o relator, faz com que a autora mantenha a qualidade de segurada. Portanto, o período de graça teria início somente a partir da cessação do auxílio-doença, “período em que a autora não contribuiu, aí sim, voluntariamente, porquanto desempregada”, esclarece o juiz. Em suma, o entendimento firmado no voto é de que o segurado incapacitado para o trabalho e em gozo de benefício por incapacidade (auxílio-doença), mantém a qualidade de segurado enquanto estiver nesta situação. A TNU sugeriu ao presidente do Colegiado a aplicação da sistemática prevista no art. 7º, letra “a”, do Regimento Interno, ou seja, a devolução às turmas de origem de todos os outros incidentes que versem sobre o mesmo objeto, a fim de que mantenham ou promovam a adequação da decisão recorrida às premissas jurídicas firmadas.

A CIA quer acabar com a cultura brasileira



A sambista Beth Carvalho acusou a CIA -Central Intelligence Agency, serviço secreto norte-americano, que diga-se de passagem, não serve pra nada, de tentar destruir a cultura brasileira, enfiando goela abaixo suas músicas, verdadeiro lixo. Essa é a verdadeira dominação.

Se vc se diverte com isso...

Esporte é aquele que me coloca pra cima, me deixa alegre.
Se vc se diverte com isso...
Não gosto, não concordo, não deixo que minha família assista ao UFC, MMA ou qualquer tipo de "esporte" que tenha como objetivo fazer jorrar o sangue de meu oponente.
Repudio, torço contra, falo mal para os meus e para os outros.
A REDE GLOBO está tentando empurrar garganta a dentro do Brasil, mas sou contra e acho que deveria marcar minha posição. (ANÔNIMO)

Você, Yoani, é feliz e não sabe!

Acabei de ler uma entrevista na revista Criativa com a blogueira cubana Yoani Sánchez.

Yoani, segundo nossa mídia, extremamente “democrática”, faz resistência política aos irmãos Castro através de seu blog Generation Y, contando as "atrocidades" da Revolução Cubana.

A entrevista é interessante. Fala da motivação da escritora para fazer o blog, da idéia para o nome do blog, etc..., mas uma coisa, que acho muito interessante, é a ilusão criada pela mídia para impor suas idéias de dominação.

Sabe, há muito tempo eu já desconstruí duas idéias que me jogaram como verdades durante toda a minha vida. Uma, que a democracia é tudo de bom e a outra de que violência não resolve nada.

Lendo a reportagem, chego a sentir pena dela, por ser tão iludida, mas é totalmente compreensível vindo de uma pessoa que vive em um país que já não enfrenta problemas graves como os enfrentados pelos brasileiros

Sabe Yoani, meu país é tido como democrático, mas, só passa na TV o que é interessante ao grupo dominador, então, estamos ou não no mesmo barco?

Yoani chega ao absurdo de dizer que a educação em Cuba é boa, mas vem perdendo qualidade, mas o que dizer de um país onde não tem educação pública? Onde crianças convivem com porcos e quase que desfrutam de suas pocilgas?

Dia desses o economista Delfin Neto falava na televisão, que o Brasil, desde 1985, luta para crescer 5% ao ano e na época dos militares, onde havia sérias restrições a palavra, crescia 18%.
Minha geração não sabe o que fazer com essa tal democracia.

No Brasil, enquanto persistirem problemas como a fome, insegurança, ausência de saúde, moradia e educação, não terá condição moral de apontar os defeitos de outros países.

Não se iluda Yoani, você é feliz e não sabe.


Últimos desejos de ALEXANDRE, O GRANDE

Amigo,

Assim como vc, há cinquenta e tantos anos atrás, gostava de boas histórias, segue uma que achei muito boa de ser escutada.

Ontem desciamos, eu e minha amada esposa, para o trabalho, quando escutei essa história ou estória no rádio. 

Mesmo que seja uma parábola, vale a reflexão.

Os 3 últimos desejos de ALEXANDRE, O GRANDE

1 – Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos  médicos da época ;
2 – Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus  tesouros  conquistados como prata, ouro, e pedras preciosas ;
3 – Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar,   fora do caixão, à  vista de todos.
 Um dos seus generais, admirado com esses desejos   insólitos, perguntou a  ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:
 1- Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que  eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2- Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para  que as pessoas  possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui  permanecem;
3- Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as  pessoas possam ver  que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Nossa viagem à Paris

Diário de Bordo

Caro amigo,

Assim como você fez há cinquenta e tantos anos atrás, procuro fazer a mesma coisa, ao meu modo, para entender a realidade do meu Brasil á partir dos outros países.

Esse mês que deixamos para trás, estivemos, eu, minha morena e minha linda filha Mariana, em Paris.Foram seis dias de muita pressa e agitação para conhecermos ao máximo a cidade Luz. Havia tantos lugares a conhecer, tantas histórias a escutar. Nos esforçamos bastante, mas, com certeza, deixamos muitos cantos a desbravar.

Assim como você, amigo, a cada fim de dia anotava tudo o que havíamos feito em meu diário de bordo.

Aqui está ele.

Salvador/ BA
Dia 15/12/11 

Saímos do aeroporto Zumbi dos Palmares às 14:20h em direção a Salvador/ BA pela GOL. Meus pais, irmão, cunhada e Lu foram nos levar.

Depois de cinquenta minutos de vôo, aterrizamos e foram seis longas horas de espera até pegar o Air Europa rumo a Madri.

Antes tivemos um pouco de stress com a Polícia Federal por conta da certidão de Nascimento de Mari.




Aeroporto de barrajas, Madri
Dia 16/12/2011

Depois de quase nove horas de vôo e altos cochilos, chegamos a Madri. Cocozinho, xixizinho e lá fomos nós. No scanner da bagagem, presenciamos um momento de grosseria dos policiais espanhóis com um casal de franceses bem idoso.

Aeronave de novo, hora e meia até Paris. Dessa vez fui com um executivo francês ao meu lado. Careca que nem o cojaque.




Elis e Morena, quando chegamos na casa de Maristela

 No Aeroporto Internacional de Orly, Terrinha e seu noivo Kume (Cosme em francês) nos esperavam. Muita bagagem pra carregar e fomos para o metro. Pense na correria! Pense num frio. Chegamos no apartamento de Maristela e Terrinha preparou um lanchinho pra gente.

Por volta das 19:30h, Maristela chegou do trabalho. Muita emoção pra ela ter os seus tão perto no longe.
O choro ela guardou pra o abraço em tio Jorge, seu irmão.

Uma frase dela me marcou sobre Paris: aqui ninguém olha pra você na rua, somos invisíveis. 


Rua Lecourbe
 Depois de um pouco de vinho e muitas emoções, bagagem na mão e fomos ao Hotel Lecourbe.

Compramos tickets do metro para andarmos a cidade toda. Dez no total, cerca de 12,30 euros.

Deixei as meninas no hotel e saí às 23h para comprar comida na Rue Lecourbe. Na volta esqueci o cartão do quarto e as meninas estavam dormindo. Quase derrubo a porta e acordo a todos no hotel.



Nós na Ponto dos Artistas perto de Notre Dame e do Sena
 Dia 17/12/2011 

Acordei às 8:15h da manhã, horário local e achei que meu relógio estava errado. Tudo se mantinha na escuridão. Não convencido, chamei por Roberta e, aí, ela me disse que aqui só fica claro à partir dàs 8:30h.

Depois de nos aprontarmos, tomamos nosso café matinal e com máquinas na mão, fomos à rua.

Arredores do Hotel onde ficamos.
 Como Paris é aconchegante! As pessoas fazem tudo a pé. Muitos parques, cães com seus donos fazendo caminhada.



Descobrimos que a Eiffel estava bem próxima de nosso hotel.

Encontrei uma loja da Ferrari e bati fotos pra meu irmão de uma conversível.

Fomos no Palácio das Armas, somente a parte externa.

Depois, ligamos pra casa de Maristela e marcamos de ir a Lafayete. Sofremos um pouco com o cartão telefônico e com o orelhão.


Roberta na Galeia Lafayette
Marcamos com Jorge na Galeria Lafayette

Andamos muito e fomos a Catedral de Notre Dame. Ela estava magnífica no auge dos seus 850 anos de vida.











Saint Ethiene
Passamos pelo Sena e pela  Iglesia de Sant Ethiene no caminho. Muitas fotos, muitas fotos.

Na grande catedral fizemos algumas fotos e pude fazer uma prece por minha família, meus amigos e minha igreja. Relamente um ambiente construído para que pensemos unicamente em Deus.


Á tarde, fomos aos Jardins de Luxemburgo. Realmente encantador e imenso. Tudo o que imaginei a minha vida toda, mostrou-se ainda maior e mais surpreendente do que eu imaginara.






Jardins de Luxemburgo
Seguindo, fizemos um excelente lanche numa sanduicheria próxima ao bairro de Port Royal e fomos comprar vinho para a ceia na casa da tia Maristela. Muita conversa boa onde pude ouvir sobre como é bom e o quanto é difícil de morar em Paris. Depois seguimos para o metro em direção a Lecourbe.

À essa altura minha mulher já estava craque geograficamente em Paris. Domina o subway como poucas parisienses

Depois de um bom banho morno, cama.

No Museo do Louvre
Dia 18/12/2011

Acordamos hoje às 8:00h e depois de nosso desjejum, rua novamente. Havia muita coisa a desbravar.

Pegamos o subway e fomos à casa da Maristela.

Ainda encontramos todos se arrumando.

Saindo de lá passamos hora e meia tentando encontrar um ponto de ônibus, onde pudéssemos pegar um transporte para o Louvre.



Com câmeras em mãos, chegamos ao museu. Nunca vi nada tão grandioso. Tantas obras, muitas histórias.

Fiquei estupefato.  Ficamos tão encantados que Jorge esqueceu-se de nós e se perdeu dentro do Louvre.

Mari e a Monalisa
Depois de encontrar com Leonardo e sua Monalisa e tirarmos fotos com a arte grega, fizemos um pequeno lanche na cafeteria Paul.

Sentados lanchando, Elis foi interrompida por um senhor francês que tentava lhe avisar sobre sua bolsa, que estava entreaberta. Como ela ficou nervosa, ele falou em inglês e entrei na conversa. Muita simpatia e cordialidade depois, descobri que era protestante e crente batista de uma igreja em Montparnasse. Trocamos informações e prometemos nos encontrar novamente.Seu nome era Michael.

Notre Dame
Parado no hall de entrada do Louvre por quase uma hora, para ver se era visto por tio Jorge, resolvemos sair para tentar encontrá-lo na parte externa do Louvre.

Momento de stress. Quando nos achou, jogou a culpa em nós pelo fato de ter se perdido.

Respeitando suas cãs, deixamos reclamar mesmo sem razão.

Encontramos um carrossel, lembrei de Lu e do quanto gostaria de tê-la ao nosso lado nessa viagem.

 Vinho quente pra aquecer e churros cobretos por Nutela, seguimos rumo a Champs Elysée em busca do Arco do Triunfo.

Ali descobrimos onde todos estavam concentrados. Que loucura, quantas pessoas desesperadas.

Entramos na loja da Addidas e na loja da Pegeout, onde comprei algumas miniaturas de seus modelos e Rô comprou relógios pra o pai e o irmão.

Arco do Triunfo
Seguindo em frente chegamos ao tão falado Arco do Triunfo. Muitos degraus acima e alguns euros de investimento por pessoa, chegamos ao terraço do monumento e pudemos, mesmo expostos a muito frio e neblina, contemplar a iluminação da Champs Elysée a noite. Vimos a torre do alto e a loucura dos carros naquele local.

Cansados, mais ou menos 21 horas, corremos para o metro da linha verde, número 6 seguindo todos no mesmo vagão. Ficamos na estação em Sèvres Lecourbe e a família de Jorge seguiu viagem até Saint Jacques.








Cantina do Pierre
Passamos no hotel para deixar as bagagens de mão e fomos jantar uma pizza num restaurante italiano também na Lecourbe chamado Pierre, onde tomei um vinho pra esquentar e muita coca-cola.

Já cansados, fui atendido por um garcom português chamado Jorge. Muito simpático. No balcão havia um imigrante italiano que tinha morado em Salvador/ BA. O cara era fascinado pelo Brasil. Não me recordo seu nome.

Saciados, nosso dia chegou mais uma vez ao fim.



Torre Eiffel
Dia 19/12/2011

Acordamos um pouco mais tarde, às 8:30h. Levantamos somente eu Mari pro desjejum.

Depois de um café à base de iogurte e carboidratos, fiquei no Hall do hotel postando algumas fotos no facebook e mandei emails pro meu irmão.

Morena já de pé, corri e terminei de me arrumar para sair, isso por volta de 11 am.

Andamos pelas redondezas da Lecourbe e seguimos em direção a Torre Eiffel.

Magnífica. Simplesmente Magnífica.

14 Euros por adultos, 11,80 para Mariana, subimos somente até o segundo andar. Morena disse não agüentar até o topo.

Metro de Paris
Já 12:00h da tarde, decidimos almoçar no restaurante da torre. Lá você aguarda uma mesa e ao estar sentado, down stairs pra escolher os pratos. Conta chegou trazendo 83,00 euros para três refeições. Eu e Maga comemos hamburguer com fritas e morena um risoto delicioso.

Barrigas cheias, compramos alguns suveniers ainda na torre e descemos em direção ao Palais Chaillot e Champs de Mars. Fotos, fotos e fotos.

Pernas cansadas, mas munidos de muita curiosidade, voltamos a Galeria Lafayetti onde comprei 3 relógios, duas maquiagens, e Roberta outras tantas coisas.

Metro de Paris

Pernas pra que ti quero, voltamos ao subway e descemos novamente na Sèvres Lecourbe. Compramos comida chinesa pra fazermos um piquenique no carpete do hotel. Ótima ideia!

Falamos com o Brasil pelo telefone, mais ou menos 1 Euro por minuto. Márcio/ Binha/ Hilma e Denise.

Acertamos o passeio do Senna com a família “me belisca” pra o dia 20/12/11.

Boa noite!

Nosso dia chegou ao fim mais uma vez.


Bateau Mouche, passeio do Rio Sena
Dia 20/12/2011
Levantamos as 7:45h  e depois do café da manhã,  subway até a Torre novamente. Chegamos às 9:30h e deveríamos esperar por Jorge até as 10:00h. Já nervosos e bravos, saímos de lá sem ele e sua família às 11:15h em direção ao Bateau Mouche, Rio Sena.

Compramos 2 tickets pra adultos e uma para Mari.

Bati algumas fotos de uma Ferrari que estava em exposição na margem do rio pra mostrar a Márcio.

Entramos e fomos para a parte superior do Catamarã. Nos acompanhava um grupo de meninos loiros, todos de farda, escrito, European Tour. Acho que vieram para competir em Paris.

Basílica de Sacré Cœur

Ao nosso lado estavam dois casais do Brasil, Campinas/ SP. Um casal mais jovem e outro com mais idade. Muita resenha. Todos nós reclamávamos do frio.

Ao passar pelas pontes e viadutos, o grupo do Europen Tour gritava para os transeuntes nas pontes. Uma comédia mesmo.

Fim do passeio, de mais ou menos uma hora, voltamos pra margem e qual não foi a nossa surpresa, encontramos e Jorge, Elis e Patrícia, que chegavam para dar início ao passeio.

Segundo ele, a calefação havia faltado à noite, assim como a luz do apartamento do Jean.

Fomos embora certos de nos encontrarmos mais tarde para jantar.

Lanchamos por volta de 13:00h nas margens do Sena, cada um com seu crepe.
Apresentação no arredores de Sacré Coeur

Bucho cheio, seguimos ao metro para Sacré Coeur. No caminho mais fotos e filmagens.

Descemos em Sacré Coeur por volta das 15 horas. Nos informamos sobre como chegar à igreja e lá fomo nós. Escada pra cima e pra cima.

Encontramos uma linda feirinha, como muita comida boa e farta no caminho da capela. Havia também um senhor com o cão labrador, ele muito elegante e o cão muito educado. Aproveitei para matar a saudade dos meus cães, acariciando aquele labrador.

Entramos na capela e fomos logo avisados: silêncio, roupas descentes e sem fotos e/ou filmagens.

Igreja muito simpática, de guardiões atentos e bravos, mas, mesmo assim, consegui tirar duas fotos do interior da igreja.

Algumas orações por minha família, amigos e igreja e fui embora.

Doces e salgados na feirinha de Sacré Coeur
Do lado de fora havia uma grande festa. Tinha um rapaz cantando Beatles e Elvis. Outro, em outro espaço, seguia fazendo piruetas com uma bola de futebol.

Paramos e compramos doces e chocolates caseiros na tal feirinha perto de Sacré Coeur.

Descemos por outro caminho e compramos lembranças e mais lembranças numa lojinha muito aconchegante.

Pegamos o metro e seguimos para a casa da tia Maristela, para jantarmos.

Chegamos às 18:40h na casa dela e encontramos Mila pela primeira vez em Paris. Havia chegado a pouco de Oslo, Noruega. Coitada, havia perdido a mala na viagem.

Família jantando - mesa grande, do jeito que Jorge queria
Perto das 19:00h, Jorge e família chegaram e então saímos para jantar num restaurante freqüentado por Maristela há mais de 18 anos. Antes tomamos um chá de hortelã servido por Mila. Parecia chá de pasta de dente, kkk.

Muito frio, mas o restaurante muito aconchegante, onde era servido comida tailandesa, sempre no menu. Sopa de entrada, carne com cebola e arroz com ervilha e presunto e muito vinho. Fechamos com um dessért horrível. Deixamos, 50,00 euro por família.

Voltamos a casa de Maristela, sempre à pé, para pegarmos uma mala enviada por ela a Amanda.
Metro, para Lecourbe, banho e cama. Deveríamos acordar mais cedo ainda no dia seguinte para aproveitarmos nosso último dia. Fomos dormir as 00:30h. Fim de mais uma dia.

Dia 21/12/2011

Acordamos às 7:00h. Breakfast very fast, seguimos em direção ao metro, para pegar a linha C, que nos levaria a Chateau de Versailles.

Deixamos o subway e pegamos um trem diferente, cadeiras em baixo e no primeiro andar, parecendo ser para percorrer grandes distâncias.

Seguindo Pierre na ferrovia perto de Verssailles
O maquinista somente falava em francês com muita rapidez e o desenho das paradas não podia ser bem compreendido por nós.

Confiantes da certeza de Roberta que já havia dominado o subway, e acrescido a isso a grande conversa com suas primas na noite anterior, seguimos em frente até não restar mais ninguém no vagão.

Cada quilômetro percorrido descobríamos uma França diferente. Encontramos muitas casas, que já eram oposta a Paris, onde somente víamos prédios residenciais e comerciais.

Ocorre que em um determinado momento da viagem, já não havia mais estações a encontrar o que nos deixou a todos apreensivos sobre nosso futuro.

Mariana muito nervosa dizia para praticamente arrombarmos as portas do vagão e eu tentando manter a calma falava: uma hora a gente para. Paramos, sim, mas longe da estação e ao lado de outro vagão.

Comecei a bater na porta que dava acesso ao vagão do maquinista e qual não foi a nossa surpresa o mesmo nos encontrou e disse, com espanto, esse trem não vai mais a lugar nenhum. Sigam-me que vou levá-los a estação.


Seguimos, Pierre, esse era seu nome. Franzino e loiro com uma fala confusa, mas muito simpático.


Seguimos Pierre por cerca de 400 metros até a estação e dissemos-lho, não queremos mais Versailles, queremos voltar a Paris.

Ele nos deixou dentro do vagão para Paris. Como falar mal dos franceses?

Seguimos então para Glaciere, casa de Maristela, onde encontramos com Mila.

Tomamos chã e esperamos por Jorge e família que ligou e pediu para que esperássemos.

Quando chegaram, saímos todos e deixamos Mila fazendo uma super faxina, pois Maria Augusta, tia avó de Mariana, chagaria para passar o restante do ano.

Compras em Montparnasse
Partimos para Montparnasse para fazer compras, numa espécie de out let. Minhas meninas compraram carteiras, bolsas e eu mirando os relógios de marca.

Circulei com Jorge nas redondezas deixando-as na caça de oportunidades.

Descobrimos um lugar para o almoço, com comida chinesa à vontade por 10, 90 euros a cabeça.

Voltamos para buscá-las e almoçar. Seguimos em direção ao restaurante, agora em seis, mas, infelizmente, a maitre nos avisou que fecharia dentro de 20 minutos, então desistimos todos.

Seguindo em frente, somente havia pães, crepes e bagetes em oferta para o almoço, mas já não agüentávamos mais.

Nahit, o  simpático garçom de Bangladesh
Ufa!, encontramos um menu barato e convidativo. Comida belga. Menu com entrada de salada, fritas e steak de prato principal e pudim de dessért por 10,90 a cebeça também.

Fomos atendidos por um simpático garçom indiano de Bangladesh. Sua simpatia nos surpreendia, uma vez que não parava de elogiar o Brasil e o povo brasileiro. Dizia querer estar no Brasil em 2014 para a copa do mundo.

Começamos uma longa conversa, sobre sua terra natal e os comparativos com a vida na França. Nahit, esse era seu nome. Disse que morava com seu tio e que era por vontade única de seu pai. Seu desejo, na realidade era estar na índia onde, sim era, feliz.


Lembro-me de ter peguntado a ele se em paris não havia mais dinheiro a ganhar e sua resposta foi que sim, mas que money is not the most important for him.

Nahit, disse ainda que morava num local sedido pelo governo francês e que na França as pessoas eram muito estressadas, que não havia tempo livre. Que lá só havia tempo para o trabalho. Lembrei-me naquele momento das palavras de Maristela.

Nahit conquistou a todos na mesa.

Bucho cheio, seguimos em direção as compras mais uma vez.

Zara, Louis Pion, Sefoha dentre outras foram nossas vítimas naquela tarde.

Gastamos, eu Roberta, muito e às 19:00h nos despedimos de Jorge e família, uma vez que tínhamos que arrumar as muambas nas malas, acerta o taxi para o hotel, fechar a conta e dormir muito cedo.

Última noite em Paris
Beijos e abraços, seguimos para outras lojas e depois pegamos o subway para Lecourbe.

Arrumamos todas as malas, tomamos banhos, acertamos as contas e os horários e saímos para comer uma macarronada e uma deliciosa lasanha na cantina do Pierre.

O mesmo garçon nos atendeu na cantina. Sempre fascinado por Salvador, não parava de dizer: Samba, Carnaval e chegou a cantarolar algumas músicas de axé music.



Tudo perfeito, comemos bem os três e a conta chegou mostrando 30,00 euros.

Ultimos passos na rua Lecourbe, seguimos batendo fotos até o quarto e fomos dormir às 00;00h.

Hotel Lecourbe
Na volta - Aeroporto de Barrajas, espenha
Dia 22/12/2011

Acordamos às 6:30h, assim como combinado com o despertador.

Malas já prontas, somente faltava fechar a minha.

Descemos rápido as escadas e fechamos o que faltava ser fechado com o hotel.
Ainda deu tempo de beliscar um breakfast e mais que fast dessa vez. Logo a oriental que servia na recepção do hotel, gritava no salão do café, Taxi para Marcos Araújo.

Largamos nossas xícaras e corremos. Ainda estava escuro.

Um motorista, num carro de porta-malas grande nos esperava. Ele mesmo arrumou nossas malas no carro.

Calados até o Aeroporto de Orly. Entra em rua, sai de rua. Avenidas largas, chegamos ao aeroporto, no gate 2.

Descemos, a conta do taxi deu 42,00 euros.

Voltando
Buscamos o balcão da Air Europa e nada. Um senhor, calvo que dava informações para a AirFrance, nos ajudou em inglês. That way. Turn rigth and go aready, in your rigth side.

Ao perceber que éramos brasileiros, gritou: Viva o Brasil.

Corremos e fizemos o check in. Hora e meia de espera no saguão do aeroporto, embarcamos cercados de estrangeiros e poucos brasileiros.


Chegamos a Madri e fomos ao toilet e depois um pequeno lanche.

Duty free, Pólo, Boss, Azzaro, Victoria Secrets, dentre muitos foram nossos investimentos.

Seguimos para o portão de embarque. No megafone, fomos informados da mudança de portão faltando poucos minutos para o embarque. Lá fomos nós correndo feitos loucos até o portão indicado.

Embarcamos rumo ao Brasil e nove horas depois, chegamos a Salvador. Estávamos exaustos. O calor nos tomou a todos novamente.

Um misto de segurança por estarmos em nosso país e de saudade pelo que deixamos para trás.

A PF mandou que retirássemos nossas malas antes de irmos ao Duty Free. Momento de stress. Será que seríamos pegos com nossas muambas? kkkkk

Compramos mais coisas e passamos sem termos nossas bagagem verificadas. Afinal de contas já pasava das 22:00h e os policiais federais eram baianos. kkkkk

Pequeno lanche e embarcamos rumo a Maceió. Muita saudade de meus pais, irmão, sobrinha, cachorros e minha casa. Só me lembro de pedir a Deus que os encontrasse em paz, aí apaguei, somente sendo despertado pelo impacto do avião no solo alagoano.