Triste é o país que precisa de heróis

É engraçado, como necessitamos tanto, estamos tão carentes de pessoas superiores a nós em nossa raça. A gente não gosta de trabalho em equipe. A gente curte mesmo os deuses. Aqueles que vão e ganham  o jogo sozinho pra gente.

No futebol, muitos conseguiram esta fama no trato com a pelota. Garrincha, Didi, Zico, Romário, Maradona e o mais famoso de todos, Pelé, que parecia estar um século à frente dos demais mortais quando jogava.

Hoje, diante da mediocridade onde nossa sociedade está mergulhada, alguns precisam de tão pouco para se tornarem heróis. Tão pouquinho!

Dia desses, um garoto achou uma bolsa cheia de joias. Ao contrário do que os simples mortais fariam, em seu lugar, ele devolveu-a a dona. Pronto, já nos emocionou absurdos. Foi até no Faustão. 

Não que o ato fosse sem importância, mas ele só cumpriu, talvez uma das mais basilares regras da boa educação. Ser honesto. Era algo que deveria ser comum pra gente. Mas não é. Não nos dias de hoje.

Agora, quem se desgarra da multidão dos impotentes mortais é o ministro Joaquim Barbosa. Até ao Batman, o Cavaleiro das Trevas, o comparam, tamanha a sua fama de honesto e justo.

O sentimento que fica é o pior possível. Nós estamos perdendo a guerra. Poucos são os que estão em pé.  A nação está caída.

Nos últimos anos, não sei se pelo fato de estarmos nos isolando cada vez mais e em consequência, deixamos cada vez mais de trabalhar em grupo, estamos  mais e mais carentes dos nossos heróis.

Quem poderá nos salvar?...


É um caso a se pensar. Por que nos emocionamos tanto hoje com tão pouco? Quem preencherá definitivamente essa lacuna em nossas vidas?

Não sei, sinceramente. Triste é o país que precisa de heróis

Osório.

Ele nos tinha por irracionais


EDWARD LOUIS BERNAYS

Morto em 1995, foi um pioneiro no campo das relações públicas, e da propaganda, referenciado como "pai das relações públicas”. Combinando as ideias de Gustave Le Bon e Wilfred Trotter com as ideias psicológicas de Sigmund Freud, seu tio.

Sua forma de trabalho se baseava no princípio de que as pessoas são irracionais, suas decisões e ações são manipuladas facilmente.

Bernays aplicava isso na construção de propaganda. Ele trabalhou para as mais importantes corporações e aconselhou inúmeros políticos.

Edward achava que a única maneira de lidar com o público era se conectar com seus anseios e medos inconscientes.

Entre seus clientes estava a United Fruit, empresa americana que teve suas terras na Guatemala desapropriadas nos anos 50.  A United Fruit contou com os conhecimentos de manipulação de massa de Bernays para derrubar o governo guatemalteco que havia tirado deles a posse de suas terras.

Nos anos 20, Bernays tinha como principal missão, desenvolver técnicas de consumo para a grande massa americana. Ele foi a primeira pessoa a dizer as montadoras de carros que elas poderiam vender automóveis como símbolo da sexualidade masculina e vitorioso na campanha para a disseminação do hábito de fumar entre as mulheres, até então poupadas desse flagelo. Iludiu-as sedutoramente

Bernays tratava a humanidade como um imenso rebanho de ungulados, seu papel era tocar o rebanho, o que conseguia fazer como ninguém.