Triste é o país que precisa de heróis

É engraçado, como necessitamos tanto, estamos tão carentes de pessoas superiores a nós em nossa raça. A gente não gosta de trabalho em equipe. A gente curte mesmo os deuses. Aqueles que vão e ganham  o jogo sozinho pra gente.

No futebol, muitos conseguiram esta fama no trato com a pelota. Garrincha, Didi, Zico, Romário, Maradona e o mais famoso de todos, Pelé, que parecia estar um século à frente dos demais mortais quando jogava.

Hoje, diante da mediocridade onde nossa sociedade está mergulhada, alguns precisam de tão pouco para se tornarem heróis. Tão pouquinho!

Dia desses, um garoto achou uma bolsa cheia de joias. Ao contrário do que os simples mortais fariam, em seu lugar, ele devolveu-a a dona. Pronto, já nos emocionou absurdos. Foi até no Faustão. 

Não que o ato fosse sem importância, mas ele só cumpriu, talvez uma das mais basilares regras da boa educação. Ser honesto. Era algo que deveria ser comum pra gente. Mas não é. Não nos dias de hoje.

Agora, quem se desgarra da multidão dos impotentes mortais é o ministro Joaquim Barbosa. Até ao Batman, o Cavaleiro das Trevas, o comparam, tamanha a sua fama de honesto e justo.

O sentimento que fica é o pior possível. Nós estamos perdendo a guerra. Poucos são os que estão em pé.  A nação está caída.

Nos últimos anos, não sei se pelo fato de estarmos nos isolando cada vez mais e em consequência, deixamos cada vez mais de trabalhar em grupo, estamos  mais e mais carentes dos nossos heróis.

Quem poderá nos salvar?...


É um caso a se pensar. Por que nos emocionamos tanto hoje com tão pouco? Quem preencherá definitivamente essa lacuna em nossas vidas?

Não sei, sinceramente. Triste é o país que precisa de heróis

Osório.